How to disco properly

O Hercules & Love Affair é uma das coisas mais excitantes que surgiram na música nos últimos tempos. Seu cd é daqueles que não da vontade de pular nenhuma música, tendo desde faixas dançantes de vocais emocionados a músicas mais intimistas e delicadas. Ok, mas isso todo mundo sabe. Agora estão surgindo os remixes pela internet. E super a ver que o primeiro remix da faixa-sensação Blind venha pelas mãos do veterano dj e produtor Frankie Knuckles. Dj desde os anos 80, foi um dos protagonistas da ascenção da house music, altamente inspirada pela disco. Ele mexeu pouco na faixa, apenas deixando-a redonda para as pistas.
Outro a botar as mãos numa faixa do H&LA foi o produtor inglês Riton, aquele que lançou em 2004 o ótimo álbum Homies And Homos (o da cover electro de Killing an Arab), e é metade da dupla Gucci Soundsystem. Ele retrabalhou a faixa You Belong (a mais gay do cd).

Hercules & Love Affair - Blind (Frankie Knuckles Remix)
Hercules & Love Affair - You Belong (Riton Remix)


Agora da new para a space disco. Essa faixa é um trabalho conjunto do incrível produtor norueguês Lindstrom com o Black Ghosts (que é o projeto da metade não-mobile disco do extinto Simian). Na verdade, ao que parece, a base veio prontinha de uma faixa do Feedelity Affair do Lindstrom e o ex-vocalista do Simian apenas cantou por cima, mas de qualquer forma o resultado ficou bem bom. Escuta aí:

The Black Ghosts vs. Lindstrom - Something New (Galactic Version)


Para fechar, uma faixa nova do projeto alemão MUNK. Eles lançaram um dos melhores cds de dance music do início dos anos 00s, são os donos da DFA européia, a Gomma, e tiveram um dos hinos do início do electrorock: kick out the chairs. Agora, estão para lançar cd novo, e soltaram uma faixa com participação da Asia Argento (!), a atriz e diretora italiana. O CD, chamado Cloudbuster, tem 3 faixas cantadas por Asia e várias com participação de Matty Saffer, baixista do Rapture. Deve vir coisa boa.

Munk Ft. Asia Argento - Live Fast Die Old (Maral Salamssi Remix)

little rock art

Rockinho. Assim, no diminutivo mesmo, e sem ser pejorativo. O Kotki Dwa é uma banda inglesa de nome estranho e músicas despretenciosamente divertidas. Ja lançaram 3 CDs em apenas 2 anos, e no ano passado ganharam um concurso chique do Tate (o museu...) que era criar uma música inspirada por alguma obra da coleção do Tate. Sua música, chamada Le Beau Charcutier, acabou entrando no acervo do museu, naqueles displays com fones que usam para arte contemporânea. Ah, e tudo que a banda lança tem um visual bonitinho - um de seus integrantes é designer gráfico.
Essa faixa é do segundo cd, "No Stones Throw", e o vocal lembra um pouco clap your hands..

Kotki Dwa - Near

Tem essa também

Kotki Dwa - Little Flags

E esse é o clipe meio Gondry do novo single, Robin's Clogs

violência alcoólica

"é preciso conceituar as coisas. um conceito é algo que joga luz no mundo, que deixa a realidade clara. o grupo musical “bebida violenta” é texto científico aplicado, a serviço de um plano maior, dominístico napoleônico. assim, o grupo musical “bebida violenta” não é electro, não é pop, não é eletrônico, não é roque, não é pop jovem, não é punk, não é pós-punk, não é 80’s, não é 90’s, não é rua bagaceira, não é cansei de ser sexy, não é cool deluxe do mondo jet set,
não é duas meninas e dois caras… não é nada disso, como muitos teimam em afirmar. é APENAS TEXTO CIENTÍFICO APLICADO. é, portanto, pós-história. pós-indústria. pós-moderno. hiper moderno. e assim pode ser tudo isso."

Apesar desse trecho retirado do release da banda paulista, o Bebida Violenta lembra sim o CSS...nas letras escrachadas, nos vocais femininos, nos sintetizadores, na montação new raver...então não sera surpresa se ela estourar também...
O resultado: músicas ideais para pistas de dança, ou pra ficar rindo das letras com os amigos...
Quem quiser conferir ao vivo a performance, eles tocam na Funhell (Funhouse, Rua Bela Cintra, 567, São Paulo - SP) no dia 02/04, mesmo dia em que Caco e eu tocamos :)

Bebida Violenta - bebida violenta
Bebida Violenta - gym class

JIM

o grande, o incrível soul man Jamie Lidell está de volta! Seu novo álbum é repleto de canções cheias de groove, gostosas de escutar, seguindo a linha do seu mega elogiado álbum de estréia "Multiply". Ou seja, soul de ótima qualidade numa roupagem fora do convencional, levemente eletrônica, e os vocais experimentais e jazzy de Jamie.
Nas palavras do próprio:"It's a bold, promiscuously diverse album, mixing up gospel grooves, sweetly sung and fiercely passionate soul, delicately moving ballads, thumping early R&B, synthed-up disco, and even a touch of 'hillbilly funk'."
O novo álbum, "JIM", vai ser lançado pela Warp no final de Abril. Ah, e Jim é Jamie para os íntimos...

essa é o primeiro single

Jamie Lidell - Little Bit of Feel Good

e essa é o que o Gnarls Barkley poderia ser se eles fossem talentosos

Jamie Lidell - Hurricane

brazilian math

rock britânico + CSS + Hype = Wilderness (CSS Remix) _ by Sunny Day Sets Fire

Bonde do Rolê + Bo$$ in Drama - Heterosexualidade = Rainha do Dark _ by Blackstrava Boys)


indie da melhor qualidade + 12 = I'm Not gonna Teach your Boyfriend how to Dance with you (Twelves Remix) _ by Black Kids

e a dance music brasileira cada vez maior...

tribalismo indie

a indie world music anda rendendo ótimos frutos. O exemplo mais famoso, e mais fácil e digerível, é o Vampire Weekend. Mas há muitas outras bandas interessantes seguindo esta linha. Misturando instrumentos não convencionais aos tradicionais baixo-guitarra-bateria-teclado, várias bandas criam sonoridades étnicas, quase tribais em alguns momentos, recheadas de percurssão. Aqui algumas delas:


Yeasayer - 2080

África, deserto do saara, são estas paisagens que vem a cabeça. A banda do brooklin faz um rock psicodélico cheio de chimbais, bumbos e coros ritualísticos. Se tornaram conhecidos no multifacetado SXSW e no fim do ano passado lançaram seu primeiro cd, All Your Cymbals.


El Guincho - Kalise

Faixa animada, divertida, batucada indie de primeira, cantada em espanhol. Da vontade de cantar o "Alala ê Alala o" junto. El Guincho é o músico barceloneta Pablo Diaz-Reixa, e seu álbum de estréia "Alegranza" se tornou best new music no site Pitchfork, e isso dá uma grande projeção. São músicas pop cheias de referências a sons tribais, afro, dub, tropicália e por aí vai.


Apache Beat - Tropics

Mais rock' n roll do que as anteriores, esta banda do brooklin (de novo) entra na lista por fazer -ótimo- uso de percursões e mistura bongos com grandes riffs de guitarra. A banda assinou com o selo Summer Love Unlimited (the though alliance, teenagers,...) e este single tem remixes fáceis de achar de, entre outros, Bitchee Bitchee Ya Ya Ya e G.L.O.V.E.S

músicas novas de velhos conhecidos

Walter Meego - Forever

Single novo da dupla de Chicago que faz uma jornada divertida pelo mundo do pop-indie-disco. Essa música é a primeira tirada do cd Voyage, a ser lançado em maio pelo selo americano Almost Gold (Calvin Harris, Does it offend you,...). Música gostosa de escutar, mais bem trabalhada do que os primeiros singles da dupla. De qualquer forma, para quem não conhece eles, eu recomento muito baixar Keyhole, com seu início incrível de piano e letra que da vontade de canta-la em um karaokê.


MEN - Make it reverse

Essa está em tudo quanto é canto da internet, mas de qualquer forma acho que está super dentro da ideia do post. É o projeto novo de JD Samson e Johanna Fatemman, a videomaker e a menina-menino do inesquecível Le Tigre. Aparentemente a banda deu um tempo e as duas resolveram se juntar e fazer uma mega-turnê pelos EUA com Djs sets, e para celebrar botaram na internet alguns singles. Esse foi o meu preferido. A faixa soa como .. Le tigre. E isso não é ruim.

Devendra Banhart - Little Boxes

OK, nem tão nova assim. Foi por volta de outubro do ano passado que essa faixa saiu numa coletânea chamada Song of America. Mas, por mim pelo menos, passou batida. A idéia da coletânea é contar parte da história da américa através de antigas canções americanas revisitadas por artistas atuais (entre eles, o ótimo Danielson). Essa data de 1962, da artista folk Malvina Reynolds, e é trilha do seriado Weeds. A versão de Devendra é bonita e sofisticada.

innovative use of glow ink!

O site de camisetas Threadless, a digamos, "inspiração" do nosso Camiseteria, lançou um concurso bem legal em conjunto com o Hot Chip. Você só tem que fazer um desenho livre com o tema "Made In The Dark (innovative use of glow ink!)", mandar até o dia 31 de março e torcer para que o seu design seja o mais votado!

eis os prêmios:
todos os álbuns e dvds lançados por eles
uma arte 2' x 2' do Made in The Dark assinada pela banda
um pacote promocional da Astralwerks, a gravadora deles
$500 Threadless Gift Certificate
$2,000 em dinheiro

Enquanto a banda não volta pra cá pra tocar num lugar com som decente, confiram uma música deles que saiu no lado B de um dos singles 7" de Ready for the Floor, bem gostosa de ouvir, e uma performance ao vivo meio lounge no The Interface, programa musical da AOL.

Hot Chip - Bubbles They Bounce

in the mood for love

Oh nothing’s gonna change my love for you
I wanna spend my life with you
So we make love on the grass under the moon
No one can tell, damned if I do
Forever journeys on golden avenues
I drift in your eyes since I love you
I got that beat in my veins for only rule
Love is to share, mine is for you

Acho que pouca gente gosta (ou tem paciência pra escutar), mas eu adoro essas musicas longas, instrumentais e que no final tem um vocalzinho. Especialmente quando a letra é foda...
Os melhores exemplos que eu consegui lembrar agora são essas duas ai embaixo.
O Teenage Fanclub conta com o trio Gerard Love (baixo/vocal), Raymond McGinley (guitarra/vocal), Norman Blake (guitarra/vocal) para escrever e cantar as melhores love pop songs desde os Beatles. Quem gosta mesmo da banda concorda comigo pelo menos hehe...

O Sebastien Tellier já teve uma música sua incluída na linda trilha de Encontros e Desencontros, e acabou de lançar um disco novo chamado Sexuality que está sendo bem elogiado. Pop francês bem fino, com produção do Guy Manuel de Homem-Christo (Daft Punk).

Teenage Fanclub - Broken

Sebastién Tellier - La Ritournelle

das pop

A um tempo atrás, escutando uma coletânea do clube barceloneta Razzmatazz (que costumam ser boas) uma música me chamou muito a atenção, "you", de um grupo chamado Das Pop. Era a melhor faixa do cd, composto basicamente de indie, dance e indie dance. Agora o grupo lançou um single que está sendo super comentado. A faixa Fool for Love, de janeiro deste ano, é gostosa, dançante, com refrão pegajoso, pop descarado. O Sunday Times escreveu sobre a música: "the momumental new single from the Belgian electro band" (apesar de não ser uma electro band..). Bom, de qualquer forma a banda está com os dois pés na pista, esse single tem remixes dos hypados Brodinski, SebastiAn, Yuksek e, o melhor deles, do Aeroplane (adoro). Recentemente, a faixa Underground do grupo entrou no Fabric Live do Justice, e o novo cd deles está sendo produzido pelos irmãos Dewaele (soulwax).
Aqui vai para baixar a versão original da faixa, mas procure os remixes, vale a pena.

Das Pop - Fool for Love

E, ja que criei a curiosidade, também a faixa You, linda, altamente recomendável, do ótimo cd The Human Thing.

Das Pop - You